Tuberculose – Transmissão, prevenção e tratamento

Tuberculose – Transmissão, prevenção e tratamento

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A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK), que afeta as vias aéreas, principalmente os pulmões, embora também possa atingir outros órgãos do corpo, caracterizando a tuberculose extrapulmonar.

O agente causador da tuberculose o bacilo de Koch (mycobacterium tuberculosis) é transmitida de forma direta, ou seja, de pessoa para pessoa através do ar por meio de gotículas microscópicas infectadas, liberadas quando o doente com de tuberculose pulmonar bacilífera ativa não tratada fala, tosse ou espirra. Essas gotículas podem chegar aos pulmões das outras pessoas pela respiração.

Mesmo sendo contagiosa, a sua transmissão não é fácil de acontecer. Na maioria das vezes, o contágio é feito através de pessoas que mantenham o contato diário com pessoas infectadas (alguém com quem vive ou trabalha). É importante ressaltar, que pessoas com a tuberculose ativa em fase de tratamento com medicamentos adequados há pelo menos duas semanas, não transmitem a doença.

A doença ativa não tratada pode se disseminar para outros órgãos através da corrente sanguínea, também chamada de tuberculose extrapulmonar, cujo os sinais e sintomas podem variar bastante de acordo com o órgão afetado, que incluem: tuberculose óssea, doença articular, tuberculose cerebral, tuberculose ganglionar, tuberculose urinária, tuberculose miliar ou cutânea, tuberculose hepática, doenças cardíacas e tuberculose pleural.

As pessoas que possuem o sistema imune (sistema de defesa do organismo) comprometido, tem maiores chances de serem infectadas pelo bacilo da tuberculose, além de outros fatores de risco, como por exemplo, a idade, o tabagismo, alcoolismo e o consumo de drogas ilícitas, portadores de doenças crônicas, alimentação inadequada, tratamentos como quimioterapia, etc.

Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico, o adoecimento, muitas vezes, está ligado aos determinantes sociais, apresentando relação direta com a pobreza e a exclusão social, como às condições precárias de vida, que afetam grupos populacionais em situações de vulnerabilidade, entre eles: os povos indígenas; pessoas privadas de liberdade; portadores do vírus HIV/aids; pessoas em situação de rua.

Os quadros clínicos da tuberculose estão normalmente relacionados com o local que a bactéria se encontra. Alguns pacientes podem não exibir nenhum indício da doença, outros podem apresentar sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, os sinais e sintomas da tuberculose ativa na maioria dos infectados são:

  • Tosse com duração de quatro ou mais semanas;
  • Expetoração com sangue ou pus;
  • Dor no peito ou dor com respiração ou tosse;
  • Perda de peso acentuada;
  • Cansaço excessivo;
  • Febre baixa, geralmente, à tarde;
  • Suor noturno (transpiração durante a noite);
  • Calafrios;
  • Perda de apetite;
  • Rouquidão ou dor de garganta;
  • Palidez e prostração;
  • Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.

Em casos de sinais e sintomas, o médico pneumologista (especialista em pneumologia) deve ser consultado.

O diagnóstico da tuberculose é realizado através de exames de imagem como a radiografia do tórax, além de exames laboratoriais como: amostra de expectoração (escarro) para pesquisa de BAAR (bacilo álcool ácido resistente) do paciente, também chamada de (baciloscopia) e a prova de Mantoux, também conhecida como teste de PPD.

 O tratamento é gratuito, e é considerado um tratamento lento, pois pode durar seis meses ou um ano, é feito à base de antibióticos. Uma das dificuldades no combate à tuberculose é a falta de adesão ao tratamento – por ser longo alguns pacientes o abandonam – o que acaba por provocar o desenvolvimento de uma forma da doença resistente aos medicamentos, conhecida como tuberculose multirresistente, que é muito mais perigosa e difícil de tratar. Portanto, é fundamental que o paciente termine o tratamento e tome os medicamentos conforme prescrito pelo médico.

A principal forma de prevenção da tuberculose é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente na rede SUS. Essa vacina deve ser administrada ainda na infância, em crianças logo após o nascimento, ou, no máximo, até 04 anos, 11 meses e 29 dias de idade e protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.

Além disso recomenda-se evitar locais fechados, mal ventilados e com pouca ou nenhuma exposição solar, mas é essencial manter-se afastado de pessoas diagnosticadas com tuberculose. Ainda como medida preventiva adotada, é necessária a avalição dos familiares e outros contatos do paciente para que não desenvolvam a forma ativa da tuberculose.

Lembre-se que a tuberculose ativa nas primeiras semanas de tratamento ainda é contagiosa, por esse motivo, adote algumas medidas para evitar esse contágio como:

  • Fique em casa. Não vá trabalhar ou à escola. De preferência durma num quarto sozinho durante as primeiras semanas de tratamento da tuberculose ativa;
  • Use uma máscara cirúrgica quando estiver na presença de outras pessoas, principalmente nas primeiras três semanas de tratamento.

A tuberculose tem cura quando o tratamento é realizado de maneira adequada de acordo com as recomendações médicas.

Tuberculose não se combate com sorte, mas com atitude.

REFERÊNCIAS:

https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/pneumologia/tuberculose/

http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/tuberculose/doc/tuberculose.html

https://bvsms.saude.gov.br/tuberculose-21/

https://portal.fiocruz.br/taxonomia-geral-doencas-relacionadas/tubercuolse

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