Doação de sangue: mitos, verdades e tudo o que você precisa saber sobre o assunto
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Doação de sangue: mitos, verdades e tudo o que você precisa saber sobre o assunto

Tempo de leitura:3 minutos

A frase pode ser “clichê”, mas é sempre atual: doar sangue é um ato de amor ao próximo. Neste dia 14 de junho comemoramos o Dia Mundial do Doador de Sangue, então nada mais bacana que nos lembrarmos do seu papel fundamental à saúde de toda sociedade. 

Quer saber mais sobre o tema? Então confira nosso conteúdo abaixo e veja como ser um “sangue bom” na doação 🙂  

Acompanhe:

A importância da doação de sangue no Brasil

No Brasil a doação de sangue é um ato voluntário, assegurado pela Constituição, no qual uma pessoa saudável doa seu sangue para uso médico.

No contexto do nosso país, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil coleta mais de três milhões de bolsas de sangue por ano, o que equivale a cerca de 1,4% da população brasileira. Parece muito, porém ainda estamos na metade do estabelecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que recomenda que de 1% a 3% da população de cada país seja doadora. 

Cada bolsa de sangue doado tem cerca de 450 ml, que é separado em “componentes sanguíneos” – concentrados de hemácias, de plaquetas e plasma, que serão usados em transfusões para o tratamento de anemias, câncer, hemofilia, recomposição de sangue para cirurgias e na recuperação de vítimas de acidentes graves. Toda doação é importante: uma só bolsa tem capacidade de salvar até quatro vidas

Requisitos para doar sangue

Para ser um doador de sangue no Brasil, existem requisitos básicos que devem ser atendidos para garantir a segurança tanto do doador quanto do receptor. Abaixo listamos os principais:

Idade

Os doadores devem ter entre 16 e 69 anos de idade. Para os menores de 18 anos, é necessário um consentimento formal do responsável legal; já para aqueles que possuem acima de 60 anos, é preciso ter doado ao menos uma vez antes dos 60 anos para se estar apto à doação. 

Peso

O peso mínimo exigido para doar sangue é de 50 kg. Isso é importante para garantir que o doador tenha volume sanguíneo suficiente para suportar a retirada segura da quantidade padrão de sangue durante a doação.

Boa saúde geral

Os doadores devem estar em boas condições de saúde no momento da doação. Isso inclui não estar com gripe, resfriado, febre ou outras infecções, além de não estar grávida ou amamentando.

Estar bem alimentado e hidratado

Os doadores devem estar bem alimentados e hidratados no dia da doação para evitar tonturas e outras complicações durante o procedimento. 

O que impede a doação de sangue?

Existem vários impedimentos temporários e permanentes que podem impedir alguém a doar sangue. Veja abaixo as principais:

Doenças infecciosas

Se o doador estiver com gripe, resfriado, febre ou outra infecção, será necessário aguardar até se recuperar completamente antes de doar sangue. Isso é importante para evitar a transmissão de doenças para o receptor.

Viagens recentes a certas regiões

Viagens recentes para áreas com alta incidência de doenças transmitidas pelo sangue, como malária, zika, dengue e chikungunya, podem temporariamente impedir a doação de sangue. Isso é necessário para prevenir a propagação dessas doenças através da transfusão de sangue.

Tatuagens e piercings

Doações de sangue são geralmente adiadas por um período após a realização de tatuagens, piercings ou acupuntura. Isso é para garantir que não haja risco de infecção durante a doação.

Gravidez e amamentação

Mulheres grávidas ou amamentando não podem doar sangue devido ao risco de afetar sua própria saúde e a do bebê.

Doenças crônicas

Certas condições médicas, como AIDS, hepatites B e C, leucemia e doenças cardíacas graves desqualificam permanentemente alguém como doador de sangue devido ao risco de transmitir doenças para o receptor ou ao risco de complicações durante a doação.

Comportamentos de risco

Histórico de uso de drogas injetáveis, prática de sexo sem proteção com múltiplos parceiros(as) ou exposição a ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) também impedem a doação de sangue.

Uso de alguns tipos de medicamentos

Determinados tipos de medicamentos podem impedir a doação de sangue de maneira temporária ou mesmo definitiva. Remédios como ansiolíticos, antialérgicos, antibióticos ou anti depressivos, por exemplo, necessitam de intervalos específicos após o fim do tratamento/uso para que seja possível doar. Confira a lista completa neste link da Fundação Hemocentro de Brasília (DF).

Quantas vezes pode-se doar sangue por ano?

A frequência com que uma pessoa pode doar sangue varia de acordo com o sexo do doador e o tipo de doação realizada. Confira:

Doação de sangue de pessoas do sexo masculino
Podem doar até 4 vezes por ano, com um intervalo mínimo de 60 dias entre as doações.

Doação de sangue de pessoas do sexo feminino
Podem doar até 3 vezes por ano, com um intervalo mínimo de 90 dias entre as doações.

Doação de plaquetas
Pode ser feita até 24 vezes por ano, com um intervalo mínimo de 15 dias entre as doações.

Doação de plasma 
Pode ser feita até 12 vezes por ano, com um intervalo mínimo de 30 dias entre as doações.

Quais os principais cuidados na hora de doar sangue?

Para quem vai doar sangue, algumas recomendações são importantes para antes, durante e depois da doação:

Coma alimentos leves e saudáveis, evitando alimentos gordurosos 4 horas antes de doar.
Evite estar de jejum – o ideal é estar bem alimentado para evitar mal-estar.
Evite bebidas alcoólicas – não consuma álcool 24 horas antes da doação.
Durma uma boa noite de sono, de pelo menos 6 a 8 horas, na noite anterior à doação.
Evite exercícios físicos pesados por cerca de 24 horas após a doação.
Descanso – permaneça deitado por alguns minutos para evitar tonturas ou desmaios.

Como é o processo de doação de sangue?

O doador recebe um formulário para preenchimento de informações pessoais e de saúde , como histórico médico, uso de medicamentos, viagens recentes e comportamentos de risco. 

Na sequência o doador passa por uma triagem médica realizada por um profissional de saúde, onde são medidas a pressão arterial, temperatura, pulso e níveis de hemoglobina. 

Se todas as condições estiverem dentro dos padrões, o doador é liberado para doar. A coleta ocorre em uma sala específica, onde o doador se deita em uma cadeira confortável. 

Um profissional de saúde higieniza a área interna do antebraço com um antisséptico e insere uma agulha estéril na veia. 

Cerca de 450 ml de sangue são coletados em uma bolsa estéril, o que leva aproximadamente 10 a 15 minutos. 

O procedimento é monitorado de perto pelo profissional de saúde para garantir que tudo ocorra de forma segura e confortável.

Após a coleta, a agulha é removida e um curativo é colocado no local da punção. O doador é então levado a uma área de descanso onde permanece sentado por alguns minutos para evitar tonturas ou desmaios. 

Nessa área, o doador recebe um lanche leve e líquidos para ajudar na reposição do volume de sangue perdido. 

Locais de doação de sangue

Através desta página do Ministério da Saúde é possível saber o endereço de alguns dos principais pontos de doação de sangue do Brasil. 

Outra recomendação é pesquisar em sites oficiais da prefeitura e do governo do estado onde você reside. Outra maneira é entrar em contato diretamente com hospitais públicos e particulares de sua preferência.  

Além dessas opções, muitas empresas organizam campanhas de doação de sangue regulares, o que é uma iniciativa benéfica para os colaboradores, os empregadores e, claro, os receptores da doação!

Mitos e Verdades sobre a doação de sangue

A doação de sangue é um ato essencial e salva vidas, mas ainda existem muitos mitos e desinformações que podem desencorajar potenciais doadores. Vamos conhecer alguns deles?

Mito: doar sangue emagrece

Uma crença comum, mas completamente falsa, é que doar sangue pode causar perda de peso significativa. Na realidade, a doação de sangue não tem nenhum efeito direto no metabolismo ou na composição corporal que leve ao emagrecimento. 

O processo de doação envolve apenas a retirada de uma quantidade limitada de sangue, que é reposta naturalmente pelo corpo sem afetar o peso do doador.

Mito: doar sangue é muito doloroso

Muitas pessoas temem que a doação de sangue seja extremamente dolorosa, o que não é verdade. Embora a inserção da agulha possa causar um pequeno desconforto, a maioria dos doadores descreve a experiência como menos dolorosa do que uma picada de inseto. 

Profissionais treinados garantem que o procedimento seja realizado de forma rápida e com o mínimo de dor possível.

Verdade: doar sangue é seguro

Doar sangue é um procedimento extremamente seguro quando realizado em locais autorizados e com profissionais capacitados. Todo o material utilizado, incluindo agulhas e bolsas de coleta, é estéril e descartável, eliminando qualquer risco de contaminação ou infecção para o doador.

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