O que você precisa saber sobre osteoporose? Dicas de prevenção e controle.

A osteoporose é uma doença metabólica sistêmica que afeta os ossos, provocando a diminuição progressiva da densidade óssea e, consequentemente, o aumento do risco de fraturas.

O osso, além de promover sustentação ao nosso organismo, é a fonte de cálcio, necessária para a execução de diversas funções como os batimentos cardíacos e a força muscular. É uma estrutura viva que está sendo sempre renovada. Esse processo permanente e constante possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem fraturas e explica por que a mais ou menos a cada dez anos o esqueleto humano se renova por inteiro.

Com o tempo, porém, a absorção das células velhas aumenta e a de formação de novas células ósseas diminui. O resultado é que os ossos se tornam mais porosos, perdem resistência. Perdas mais leves de massa óssea caracterizam a osteopenia. Perdas maiores são próprias da osteoporose e podem ser responsáveis por fraturas espontâneas. A partir dessas fragmentações ósseas, o paciente corre o risco de ter problemas mais sérios, que comprometem sua saúde e bem-estar.

Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada com o processo de envelhecimento. Embora também afete os homens, é muito mais comum em mulheres acima dos 45 anos. De acordo com estatísticas, a osteoporose afeta um homem para cada quatro mulheres. Cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose no Brasil e apenas 20% sabem ter a doença que provoca 200 mil mortes por ano no país.

CAUSAS:

Histórico familiar;
Deficiência de cálcio e vitamina D;
Envelhecimento;
Deficiência na produção de hormônios;
Menopausa;
Medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;
Imobilização e repouso prolongados;
Sedentarismo;
Tabagismo e consumo de álcool;
Indivíduos de raça branca;
Pessoas magras e pequenas;
Alguns tipos de cânceres;
Pessoas de origem europeia ou asiática;
Algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.

    ATENÇÃO AOS SINAIS:

    A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa, que dificilmente apresenta qualquer tipo de sinal. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está numa fase mais avançada, por meio de fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur, colo de fêmur e coluna. Outros sintomas de osteoporose que podem surgir com o avanço da doença são:

    Dor ou sensibilidade óssea;
    Diminuição de estatura com o passar do tempo;
    Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral;
    Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral;
    Postura encurvada ou cifótica.

    DIAGNÓSTICO:

    Por não apresentar sintomas em seu estado precoce, não é possível fazer um diagnóstico da osteoporose de maneira clínica.

    Dessa forma, o diagnóstico precoce da osteoporose é feito pela medida da densidade óssea, através do exame da Densitometria Óssea. É um exame não invasivo que possibilita medir a densidade mineral do osso na coluna lombar e no fêmur para compará-la com valores de referência pré-estabelecidos. Os resultados são classificados em três faixas de densidade decrescente: normal, osteopenia e osteoporose.

    O exame de Densitometria Óssea está indicado anualmente para todas as mulheres a partir de 65 anos e para todos homens com 70 anos ou mais, independe dos fatores de risco. Além disto, todas mulheres na pré e pós menopausa com menos de 65 anos e todos homens com mais de 50 anos, que possuam um dos fatores de risco descritos acima, devem realizar o exame anualmente.

    Além disso, qualquer pessoa que sofreu fraturas e possui risco associado à doença tem indicação para fazer a densitometria a fim de diagnosticar uma possível osteoporose.

    O médico pode solicitar a realização de uma radiografia e exames laboratoriais complementares para identificar causas secundárias da osteoporose, como dosagem de creatinina e dosagem de testosterona e estrogênio.

    TRATAMENTO:

    O tratamento pode impedir o agravamento, mas não irá eliminar totalmente a doença. Os objetivos são controlar a dor, retardar ou interromper a perda óssea e prevenir fraturas. Portanto, a escolha do tratamento irá depender da causa da osteoporose e de outras doenças associadas.

    Medicamentos;
    Terapias;
    Cirurgias;
    Adoção de um estilo de vida saudável.

    PREVENÇÃO:

    A prevenção da osteoporose pode ser feita com a ajuda de algumas ações simples que fazem a diferença na vida dos indivíduos, como:

    Siga uma dieta balanceada, com as quantidades adequadas de cálcio e vitamina D;
    Evite o consumo de álcool em excesso;
    Consuma verduras de folhas escuras, como brócolis, espinafre e couve;
    Evite carne vermelha, refrigerante, café e sal;
    Exponha-se ao sol de forma moderada. Os raios ultravioletas sobre a pele estimulam a produção de vitamina D;
    Não fume;
    Pratique exercícios físicos regularmente;
    Faça a reposição hormonal quando indicada pelo médico;
    Fique atendo as causas secundárias da osteoporose;
    Mantenha-se no peso ideal;
    Realize a densitometria óssea anualmente.

    REFERÊNCIAS:

    https://bvsms.saude.gov.br/osteoporose-7/#:~:text=Osteoporose%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a%20que,para%20o%20fortalecimento%20dos%20ossos.

    https://bvsms.saude.gov.br/agir-para-a-saude-ossea-20-10-dia-mundial-e-nacional-da-osteoporose/#:~:text=Cerca%20de%2010%20milh%C3%B5es%20de,consequ%C3%AAncia%20mais%20grave%3A%20as%20fraturas.

    https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-osteoporose/

    https://drauziovarella.uol.com.br/mulher-2/osteoporose/

    https://www.minhavida.com.br/saude/temas/osteoporose