O Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados (SINASAN), é a rede que coordena, fiscaliza e controla o uso de hemoderivados, sejam importados ou produzidos no Brasil, estabelecendo normas que atendam aos interesses e necessidades nacionais, além de promover a proteção da produção nacional.
O SINASAN foi estabelecido a partir do Art. 8º da Lei nº 10.205/2001, através da Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, que tem por finalidade assegurar a autossuficiência do país neste setor e promover a coordenação das ações do poder público em todas as esferas de governo.
Toda essa organização, inserida no sistema Único de Saúde (SUS), visa garantir um bom controle, manejo e distribuição de sangue e hemocomponentes dentro do Brasil, além de analisar o funcionamento das instituições estaduais relacionadas a essa área da saúde.
Entretanto, mesmo com toda essa estruturação do sistema de saúde, o país enfrenta uma dificuldade considerável no que diz respeito a doação voluntária de sangue. Ou seja: temos pouca quantidade do material biológico a ser utilizada por pacientes que necessitam dele para viver.
O consumo é contínuo e indispensável em várias circunstâncias, como no tratamento de anemias crônicas, em cirurgias de emergência, em acidentes com hemorragias, em complicações de doenças como dengue e febre amarela, além de ser crucial no tratamento de câncer e outras condições graves.
É por isso que temos, anualmente, diversas campanhas de doação de sangue pelo Brasil. Além de sua alta demanda, temos uma baixa recorrência de doação. O sangue não possui nenhum outro tipo de material que substitui sua função, portanto é imprescindível perante qualquer necessidade.
Doar sangue é um ato de ímpia solidariedade. Vai além da coleta, é a atitude que fornece maior tempo e qualidade de vida para até 4 pessoas em uma única doação. Caso você queira ser um doador e fazer parte dessa campanha, tem que cumprir alguns requisitos – pela sua segurança e a do seu recebedor:
– Estar bem e fisicamente saudável no momento da doação;
– Ter entre 18 e 69 anos, 11 meses e 29 dias (menores de 18 anos apenas com autorização do responsável legal; maiores de 60 anos somente se sua primeira doação tiver acontecido antes de completar 60 anos);
– Pesar mais do que 50kg;
– Estar descansado e ter dormido, ao menos, 5 horas na noite anterior;
– Estar alimentado, mas evitando alimentos ricos em gordura nas 4 horas antecedentes a doação;
– Portar um documento de identidade emitido por órgão oficial e com foto, como o RG ou CNH.
Entretanto, há, também, alguns impedimentos temporários e/ou definitivos, que fazem com que tenhamos certa cautela no momento da doação. A lista pode ser acessada diretamente da página do Pró-Sangue, o Hemocentro de São Paulo, através do site do Governo do Estado, no link: https://www.prosangue.sp.gov.br/artigos/quem_nao_pode_doar.html
Em relação aos impeditivos, fica o apelo, também, em relação a honestidade no momento da entrevista. Caso não seja possível realizar a doação, por favor, especifique o motivo do impedimento, pois a honestidade consegue impedir determinado desperdício de tempo e material.
A doação pode e deve ser feita de maneira regular, mas há de se respeitar o período mínimo de intervalo entre as doações:
Homens – 60 dias de intervalo entre doações, sendo possível realizar até 4 doações por ano;
Mulheres – 90 dias de intervalo entre as doações, sendo possível realizar até 3 doações por ano.
Pratique esse ato e seja um doador altruísta. Procure o hemocentro mais perto de você e comece a ser um doador regular!
REFERÊNCIAS
https://www.prosangue.sp.gov.br/artigos/requisitos_basicos_para_doacao.html