Dezembro Vermelho – O que você precisa saber sobre HIV, AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis.
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Dezembro Vermelho – O que você precisa saber sobre HIV, AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Tempo de leitura:3 minutos

O Dezembro Vermelho, campanha instituída pela Lei nº 13.504/2017, marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis), chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

1º de dezembro: Dia Mundial de Luta contra a Aids:

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1º de dezembro, foi instituído em 1988 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a pandemia de Aids. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) explica que “esta data constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global”.

HIV/ AIDS

HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids (da sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), afeta as células do sistema imunológico (conhecidas como células CD4 ou células T), responsável por defender o organismo de doenças. Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.

Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez que se contrai o HIV, o indivíduo viverá com o vírus para sempre.

  • TRANSMISSÃO:

O vírus HIV é transmitido por meio de:

  1. Relações sexuais desprotegidas: relações (vaginal, anal ou oral) sem o uso de preservativos com a pessoa soropositiva, ou seja, pessoas que já tem o vírus HIV;
  2. Compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados: como agulhas, alicates, etc.;
  3. Transmissão vertical: através da mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação. As mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
  • SINAIS E SINTOMAS:
  1. Infecção Aguda: Entre 2 e 4 semanas depois da infecção pelo HIV, você pode se sentir doente, com sintomas similares ao da gripe podendo durar alguns dias ou várias semanas, como por exemplo: febre, aumento dos gânglios linfáticos, garganta inflamada, erupção cutânea/ assadura. Essa fase é denominada síndrome retroviral aguda (ARS) ou infecção HIV primária, e é a resposta natural do corpo à infecção por HIV. No entanto, nem todo mundo desenvolve ARS – e algumas pessoas podem não apresentar os sintomas.
  2. Fase Assintomática – Latência Clínica (inatividade ou dormência): Esse estágio costuma ser chamado de infecção HIV assintomática ou infecção HIV crônica. Durante essa fase, o HIV ainda está ativo, mas reproduz em níveis muito baixos. É comum não apresentar nenhum dos sintomas, nem ficar doente durante esse período.
  3. AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida): Esta é a fase da infecção que ocorre quando o sistema imunológico está seriamente danificado e o indivíduo se torna vulnerável as infecções e alguns tipos de cânceres relacionados, as chamadas doenças oportunistas.

É importante ressaltar:

  1. Uma pessoa pode transmitir o HIV durante qualquer um desses estágios;
  2. Ter HIV não é a mesma coisa de ter AIDS: há muitas pessoas positivas para o vírus HIV que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus a outras pessoas através das relações sexuais;
  3. Pessoas vivendo com HIV/Aids com carga viral indetectável (quantidade de vírus inferior a 40 cópias por ml de sangue) há pelo menos seis meses e boa adesão ao tratamento tem um risco insignificante de transmitir o vírus pela via sexual.
  • DIAGNÓSTICO:

Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.

A única forma de saber se você está infectado com HIV é por meio do teste. É feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais convencionais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

  • TRATAMENTO:

Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa com o vírus tenha qualidade de vida. O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde, realização de exames e utilização da terapia antirretroviral(ART)..

A terapia antirretroviral visa manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida dos soropositivos.  A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando os exames indicarem a necessidade. Para que o tratamento dê certo, o soropositivo não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los. O vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem.

Mesmo em tratamento, a pessoa com aids pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar na boca, transar (com camisinha), passear, se divertir e fazer amigos, porém seguindo todas as recomendações médicas, tomando o medicamento conforme a prescrição e implementando hábitos na sua rotina, como a prática de atividade física regular e uma alimentação saudável.

  • PREVENÇÃO:

O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. Os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também podem ser comprados em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.

IST – INFEFCÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Segundo o Ministério da Saúde, as Infecções Sexualmente Transmissíveis são causadas por mais de 30 agentes etiológicos diferentes (bactérias, vírus, fungos e protozoários). São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada. Eventualmente, também podem ser transmitidas por contato sanguíneo, e da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.

As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua).

OBSERVAÇÃO: O termo Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotado em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

  • TRANSMISSÃO:
  1. Relações sexuais desprotegidas: relações (vaginal, anal ou oral) sem o uso de preservativos;
  2. Por meio do contato não sexual: contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas;
  3. Transmissão vertical: através da mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.
  • PRINCIPAIS INFECÇÕES:
  1. Herpes genital;
  2. Cancro mole (cancroide);
  3. HPV;
  4. Doença Inflamatória Pélvica (DIP);
  5. Donovanose;
  6. Gonorreia e infecção por Clamídia;
  7. Linfogranuloma venéreo (LGV);
  8. Sífilis;
  9. Infecção pelo HTLV;
  10. Tricomoníase.
  • SINAIS E SINTOMAS:

As IST podem se manifestar por meio de:

  1. Corrimentos;
  2. Coceira local;
  3. Verrugas anogenitais;
  4. Dor pélvica;
  5. Ardência ao urinar;
  6. Lesões de pele;
  7. Aumento de ínguas.

É importante ressaltar:

  1. Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte.
  • DIAGNÓSTICO:

O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual.

Os testes laboratoriais convencionais ou rápidos devem ser utilizados para auxiliar na definição do diagnóstico. Além disso, devem ser realizadas triagens através de exames clínicos (anamnese e exame físico).

  • TRATAMENTO:

Cada IST tem um tipo de tratamento e só o profissional de saúde poderá avaliar e fazer essa indicação corretamente.

Quando não tratadas adequadamente, as IST podem causar sérias complicações, como: esterilidade, impotência sexual, infecção generalizada; câncer de colo do útero e pênis; parto prematuro e má formação do bebê.

  • PREVENÇÃO:
  1. Utilizar sempre e corretamente a camisinha em todas as relações sexuais;
  2. Não compartilhar agulhas e seringas com outras pessoas;
  3. No caso de necessitar receber uma transfusão de sangue, exija que ele seja testado para todas as infecções que podem ser transmitidas pelo sangue;
  4. Observar o corpo diariamente durante a higiene pessoal.

REFERÊNCIAS:

https://bvsms.saude.gov.br/hiv-e-aids/

https://unaids.org.br/informacoes-basicas/

https://bvsms.saude.gov.br/dezembro-vermelho-campanha-nacional-de-prevencao-ao-hiv-aids-e-outras-infeccoes-sexualmente-transmissiveis/

https://www.saude.df.gov.br/hiv-aids-diagnostico-e-tratamento#:~:text=O%20diagn%C3%B3stico%20da%20infec%C3%A7%C3%A3o%20pelo,%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde%20(SUS).

https://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia-e-treinamento-dstaids-sp/homepage/destaques/carga-viral-indetectavel-torna-infeccao-por-hiv-intransmissivel

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/ist

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/ist/diagnosticohttp://giv.org.br/ist/o-que-sao-ist.html

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