Na medicina, o termo “esclerose” refere-se ao endurecimento anormal de um tecido do corpo, que pode ocorrer devido a fatores genéticos, neurológicos ou imunológicos, comprometendo o funcionamento do corpo. A seguir vamos explorar os diferentes tipos de escleroses, seus significados e representações clínicas.
Os tipos mais comuns de esclerose são:
– Esclerose tuberosa;
– Esclerose tuberosa;
– Manchas na retina que podem afetar a visão;
– Esclerose lateral amiotrófica (ELA);
– Esclerose múltipla (EM);
1. Esclerose Tuberosa
A esclerose tuberosa é uma condição genética rara caracterizada pelo crescimento de tumores em forma de tubérculos no cérebro da criança e, ocasionalmente, em outros órgãos como coração, rins e pulmões. Alguns desses nódulos podem ser cancerígenos.
A causa é um gene anômalo, uma versão “defeituosa” de um gene normal, que pode ser herdado de um dos pais ou surgir espontaneamente.
Os sintomas podem variar de criança para criança, sendo mais severos em algumas.
– Convulsões, especialmente espasmos infantis;
– Manchas coloridas, planas, nódulos e protuberâncias na pele;
– Manchas na retina que podem afetar a visão;
– Dentes permanentes corroídos na superfície;
Os sintomas causados pelos tumores variam conforme o local de desenvolvimento:
– Tumores no cérebro: dores de cabeça, convulsões, atraso no desenvolvimento intelectual;
– Tumores nos rins: pressão alta, dor de estômago, sangue na urina;
– Tumores nos pulmões (em adolescentes): problemas respiratórios;
– Tumores cardíacos (pré-natal): geralmente sem sintomas.
2. Esclerose Sistêmica (ES)
A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença rara que afeta todo o corpo, caracterizada por uma resposta imunológica desregulada e crônica. Afeta principalmente a pele, vasos sanguíneos, trato gastrointestinal, músculos e ossos, pulmões, rins e coração.
A causa exata é desconhecida, mas envolve disfunção imunológica, problemas vasculares e desenvolvimento de fibrose.
Manifestações clínicas:
– Cutâneas: inchaço nos dedos, pele seca e descamativa, manchas (leucomelanodermia), depósitos de cálcio (calcinoses);
– Vasculares: Fenômeno de Raynaud, úlceras isquêmicas nos dedos, telangiectasias;
– Musculoesqueléticas: artrite, tendinite;
– Gastrointestinais: dismotilidade do esôfago e intestinos, refluxo gastroesofágico;
– Pulmonares: pneumopatia intersticial, fibrose pulmonar, hipertensão pulmonar.
3. Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é caracterizada pela deterioração das células nervosas responsáveis pelo controle dos movimentos musculares, levando à falha na comunicação entre o cérebro, a medula espinhal e os músculos. Resulta em dificuldades para caminhar, falar, mastigar e realizar outros movimentos automáticos.
A ELA é progressiva, agravando-se ao longo do tempo e, em estágios avançados, afetando funções vitais como a respiração, necessitando de ventilação mecânica.
A maioria dos casos é esporádica, sem relação genética, mas alguns podem ser hereditários.
Os sintomas incluem:
– Dificuldade na fala, mastigação ou deglutição;
– Contrações musculares nos membros, ombros ou língua;
– Cãibras musculares, espasticidade, fraqueza muscular.
4. Esclerose Múltipla (EM)
Na Esclerose Múltipla, a mielina (substância que envolve as fibras nervosas) e as fibras nervosas no cérebro, nervos ópticos e medula espinhal são danificadas ou destruídas.
Acredita-se que a EM resulte de uma interação entre predisposição genética e fatores ambientais como infecções virais, deficiência de vitamina D, tabagismo e obesidade.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e ao longo do tempo:
– Problemas sensoriais se as fibras nervosas sensoriais forem afetadas;
– Problemas motores se as fibras nervosas motoras forem desmielinizadas;
– Não há cura para os tipos de esclerose citados, mas todos têm tratamentos que visam melhorar a qualidade de vida, retardar o desenvolvimento da doença e possibilitar uma futura cura.