1. O Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo
Criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e instituído no Brasil pela Lei 13.652/2018, o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo é celebrado dia 2 de abril. A data visa promover conhecimento sobre o espectro autista, evidenciando as necessidades e os direitos das pessoas autistas.
2. Origem no início do século XX
O termo Autismo originou-se em 1908 a partir do psiquiatra Eugen Bleuler que, ao descrever os sintomas de um paciente esquizofrênico que retraía-se em seu próprio mundo, cunhou a expressão a partir da palavra grega Autós, que significa “eu”.
3. O Transtorno do Espectro Autista
Em 2013 o Autismo passa a se chamar Transtorno do Espectro Autista. A nomenclatura foi modificada devido a novos entendimentos sobre o distúrbio, que consideram que cada pessoa possui particularidades e manifestações distintas, tornando-as únicas dentro do TEA.
4. Atinge milhões de pessoas
Segundo o CDC (Center of Diseases Control and Prevention, ou Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos EUA, uma a cada 44 pessoas é autista, ou 1% a 2% da população mundial – o que no Brasil corresponderia a cerca de 2 milhões de pessoas.
5. Geralmente surge na infância
As primeiras manifestações da TEA podem surgir a partir dos cinco anos de idade, sendo que o diagnóstico só poderá ser definido a partir da observação e análise de especialistas. Os primeiros sinais geralmente são:
Dificuldade de integração social – Não conseguem manter contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, assim como possuem dificuldade de expressar as próprias emoções e fazer amigos.
Dificuldade na comunicação – Evidenciado, principalmente, pela dificuldade de manter um diálogo e/ou o uso repetitivo da linguagem.
Alterações comportamentais – Manias, apegos excessivos em rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas e dificuldade de imaginação.
6. Possui quatro manifestações
Atualmente a TEA é classificada em quatro tipos de manifestações, das mais brandas às mais graves. São elas:
Síndrome de Asperger: também chamada de “autismo de alto funcionamento”, não traz impactos no desenvolvimento da comunicação, porém apresenta dificuldades no entendimento de simbologias e sinais não-verbais.
Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: mais grave que o Asperger, já traz dificuldades de comunicação e integração social, além de alterações comportamentais mais acentuadas.
Transtorno Autista: apresenta capacidades cognitiva, verbal e social prejudicadas, assim como diversas alterações comportamentais.
Transtorno Desintegrativo da Infância: a mais grave e também mais rara, é caracterizada por uma espécie de “regressão” que resulta na perda definitiva de habilidades intelectuais, linguísticas, motoras e sociais.
7. Lei garante direitos da pessoa autista no Brasil
No Brasil, os direitos das pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista são garantidos pela Lei 12.764/2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção de Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Além dela, outras medidas legais estabelecem diversas outras garantias, que vão desde os já conhecidos ambientes acessíveis e acolhedores até o acesso à educação inclusiva e tratamentos específicos de saúde.