Mpox: OMS alerta que doença voltou à lista de emergências globais

Mpox: OMS alerta que doença voltou à lista de emergências globais

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A Mpox, zoonose transmitida pelo vírus de mesmo nome e anteriormente conhecida como varíola dos macacos, voltou a ser considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em um comunicado divulgado no último dia 14 de agosto de 2024 pela OMS (Organização Mundial da Saúde). 

Este é o segundo anúncio do tipo desde o primeiro surto da doença, ocorrido em 2022, e vem após a ocorrência do vírus em cerca de 15 países da África. No Brasil, a situação é acompanhada de perto pelo Ministério da Saúde e diversos outros órgãos estaduais de vigilância epidemiológica. 

No dia, 27 de agosto de 2024, o Diário Oficial da União publicou uma resolução da Anvisa sobre a dispensa de registro de duas vacinas contra a Mpox adquiridas pelo Ministério da Saúde junto à OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), o imunizante Jyneos, fabricado pela Bavarian Nordic, da Dinamarca, e Imvanex, produzido pela IDT Biologika GmbH, da Alemanha. 

Nesse momento, a informação é um dos principais métodos de prevenção da doença, que pode ser evitada a partir de cuidados simples. Confira: 

Como a Mpox se transmite? 

A transmissão da Mpox ocorre principalmente através do contato direto com lesões da pele, fluidos corporais, gotículas respiratórias durante contato próximo ou com objetos contaminados por material infeccioso. 

Quais são os sintomas da Mpox? 

► Erupção cutânea com lesões que passam por diferentes estágios (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas); 

► Febre; 

► Dores de cabeça; 

► Dores musculares; 

► Dor de garganta; 

► Fadiga. 

Os principais grupos considerados de risco são: 

► Pessoas com múltiplos parceiros sexuais.

► Pessoas imunocomprometidas, como portadores do HIV/AIDS, pacientes oncológicos e/ou que fazem uso de imunossupressores.

Fatores que aumentam o risco: 

Contato íntimo com lesões: o contato direto com as lesões causadas pela Mpox é a principal forma de transmissão. 

Contato com fluidos corporais: o contato com saliva, sangue ou outras secreções de pessoas infectadas também pode transmitir o vírus.

Contato com objetos contaminados: compartilhar roupas, toalhas, talheres ou outros objetos que entraram em contato com as lesões pode levar à infecção.

Como a Mpox é diagnosticada? 

O diagnóstico da Mpox é feito por um profissional de saúde através da avaliação clínica e de exames laboratoriais, como a coleta de amostras das lesões para análise em laboratório. 

Qual o tratamento para a Mpox? 

Não existe um tratamento específico para a Mpox, mas os sintomas podem ser aliviados com medicamentos. A maioria das pessoas se recupera sozinha em algumas semanas. 

Como prevenir a Mpox? 

► Evitar contato próximo com pessoas com lesões características da doença. 

► Lavar as mãos frequentemente com água e sabão. 

► Usar preservativos durante as relações sexuais. 

► Isolar pessoas com suspeita ou confirmação da doença. 

Quem pode ser vacinado? 

Vacinação pré-exposição: 

► Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. 

► Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade. 

Pós-exposição: 

Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS, mediante avaliação da vigilância local. 

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