Mais de 10,5 mil atletas, de 208 delegações, reunidos para a disputa de 48 modalidades esportivas em estádios, arenas, ginásios e outros espaços disputados por um público de quase 10 milhões de ingressos. Quando se fala de Jogos Olímpicos, tudo passa a ser superlativo, grandioso e complexo.
Nessa dinâmica de organização de proporções “olímpicas”, os seguros desempenham um papel crucial na garantia de proteção e de segurança aos organizadores. Exemplos não faltam. Desde acidentes envolvendo equipes de produção ou montagem, passando pela ação de eventos climáticos ou até mesmo ações terroristas e ataques cibernéticos, o leque de riscos é amplo, diversificado e de alta preocupação.
Riscos e ameaças pela história dos Jogos Olímpicos
No passado, alguns dos episódios mais críticos da história dos Jogos Olímpicos ficaram marcados por ações terroristas. Imagens como a do sequestro dos atletas israelenses na edição dos Jogos de Munique (1972) e da explosão no Parque Olímpico em Atlanta (1996) entraram para a história e reforçam sempre medidas de segurança robustas por parte das autoridades e organizadores.
Com a digitalização crescente, porém, as ameaças se voltam para a segurança cibernética. Nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, houve um ataque cibernético que derrubou a internet e o sistema de emissão de ingressos.
Já durante a Rio-2016, uma série de tentativas de phishing foram direcionadas a organizações ligadas ao evento, além de tentativas de intrusão em sistemas de TI. Hackers tentaram roubar informações confidenciais e comprometer sistemas críticos.
“A complexidade e a escala dos Jogos Olímpicos exigem uma abordagem robusta e integrada de gestão de riscos”, afirma Ilan Kajan, vice-presidente de Riscos Corporativos da Alper Seguros. “Os seguros desempenham um papel crucial na proteção contra uma ampla gama de ameaças, desde ataques terroristas até interrupções operacionais”, destaca o executivo.
A infraestrutura geral do evento e os equipamentos dos atletas também são vulneráveis a danos, seja por incêndios, vandalismo e outras causas. Seguros patrimoniais cobrem esses riscos, garantindo a reposição e reparo necessários para a continuidade do evento.
Kajan lembra que fatos ocorridos em edições passadas são lições que ajudam a melhorar a estratégia de segurança na edição Paris 2024 dos Jogos. “Em eventos anteriores, como os atentados em Munique e Atlanta, vimos como a falta de preparação adequada pode ter consequências devastadoras. Aprender com esses incidentes e adotar medidas de proteção robustas, além de ter coberturas de seguro personalizadas, é fundamental para minimizar as consequências e garantir o sucesso de futuras edições”, comentou.
“Item indispensável na produção de qualquer evento”
O diretor técnico André Stoll, com mais de 30 anos de experiência na organização de alguns dos maiores eventos do país, coordenou a montagem de arenas do vôlei de praia e dos circuitos de triatlo, ciclismo e maratona aquática da edição dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e sabe bem da importância dos seguros para a proteção dos organizadores.
“Contratamos seguros para qualquer evento que produzimos. Seja um pequeno evento corporativo até um mega evento esportivo, como foi o caso das Olimpíadas do Rio, nossa premissa é de que as apólices devem cobrir ‘da hora que a gente entra até a hora que a gente sai’ de um evento”, disse ele.
Montagem das arenas do vôlei de praia e área de transição do triatlo na Rio 2016 (André Stoll/Arquivo pessoal)
Stoll relembra de algumas situações na produção de eventos que só foram resolvidas justamente pelo fato de que havia seguros contratados. “Certa vez, num grande evento em São Paulo, mais de 20 computadores de uma sala técnica foram furtados de uma só vez, na calada da noite. Um prejuízo absurdo que só foi resolvido por conta do seguro”, contou.
“Confiança necessária a atletas, organizadores e espectadores”
Garantir a segurança e o sucesso dos Jogos Olímpicos requer uma gestão de riscos abrangente e bem planejada. Com a evolução das ameaças e dos desafios, a proteção oferecida pelos seguros se torna cada vez mais indispensável.
Como destacou Ilan Kajan, “os seguros não apenas protegem contra perdas financeiras, mas também proporcionam a confiança necessária para que atletas, organizadores e espectadores desfrutem do evento com tranquilidade”.
Seguros para grandes eventos: fatores a serem considerados*:
► Cancelamento ou adiamentos: eventos podem ser cancelados ou adiados devido a fatores como condições climáticas, terrorismo ou questões de saúde pública.
► Responsabilidades civis: potenciais riscos podem existir em pedidos de responsabilização feitos por espectadores, participantes ou terceiros devido a ferimentos e outros incidentes ocorridos durante eventos.
► Danos patrimoniais: eventos esportivos envolvem um número considerável de equipamentos e itens de infraestrutura, que podem estar sujeitos a ações de vandalismos, acidentes ou ação de desastres naturais.
Principais causas de acionamentos de seguros em eventos esportivos*
► Eventos climáticos extremos
► Ferimentos: reclamações envolvem ferimentos em espectadores ou participantes, como em casos de escorregões, quedas ou colisões.
► Danos a terceiros: ocorrências geralmente estão relacionados a danos corporais ou materiais provocados a terceiros provocados por organizadores, participantes ou espectadores.
*Fonte: Allianz
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