Já pensou na possibilidade de dividir seu cargo ou posto de trabalho com um colega de profissão com habilidades similares as suas? De forma resumida, esse é o conceito por trás do chamado job sharing, prática mais difundida na Europa e nos Estados Unidos e que ganha espaço gradualmente no mercado de trabalho brasileiro.
Para decidir se ela é uma boa para melhorar o ambiente de trabalho na sua empresa, acompanhe abaixo como funciona na prática e quais as vantagens e os desafios da sua implementação. Tenha uma boa leitura!
O que é job sharing?
Como mencionamos, o job sharing consiste na divisão por duas pessoas de um cargo, posto ou função que até então era desempenhado individualmente. Para isso, normalmente é necessário que aqueles que farão esse compartilhamento tenham formações profissionais similares, bem como habilidades e experiências equivalentes, modelo de compartilhamento que é conhecido como “par de unicórnios”.
No entanto, algumas companhias já experimentam um modelo alternativo de job sharing, no qual um colaborador de nível mais avançado compartilha seu cargo com alguém em estágio mais inicial de carreira, de modo que o fluxo de trabalho funcione a partir da delegação de tarefas do profissional mais experiente para o iniciante.
Como ele funciona na prática?
Vamos a um exemplo prático para você entender melhor como o job sharing funciona: imagine que dois colaboradores passarão a dividir o posto de gestor de Recursos Humanos de uma companhia. No caso, cada um deles só trabalhará três dias por semana, e em ao menos um ou dois desses dias eles se encontrarão na empresa para alinharem seus planos de trabalho e definirem quais pendências precisam ser resolvidas.
Então, para o modelo funcionar, o ideal é que as partes se deem bem e tenham uma boa comunicação para estabelecerem a divisão de tarefas e de carga horária. Nesse momento de definição das duplas é que costumam surgir os primeiros desafios à implementação dessa prática. Como é um conceito relativamente novo, pode haver dificuldade em encontrar pessoas dispostas a trabalharem nesse regime com menor carga horária.
Além disso, depois que a dupla está consolidada, sempre há o risco de que um dos integrantes saía da empresa, então esta se vê obrigada a fazer um remanejamento para ocupar a vaga de job sharing que ficou vazia, algo que pode tomar tempo diante da complexidade do processo.
Quais são os seus benefícios?
A principal vantagem do job sharing é reduzir a exigência sobre os funcionários, o que permite que eles dediquem mais tempo até mesmo a atividades que não envolvem a profissão. Equilibrar o pessoal com o profissional eleva a qualidade de vida e é algo que muitas pessoas buscam, especialmente os millennials — nascidos entre o início dos anos 1980 e meados dos anos 1990, e que já são metade da força de trabalho.
Já do lado da empresa, essa flexibilidade proporcionada pelo compartilhamento de cargos tem potencial para aumentar tanto a produtividade quanto o engajamento dos colaboradores, e diminuir os índices de absenteísmo.
Como toda prática nova, é necessário implementar o job sharing com cautela e fazer constantes avaliações sobre sua efetividade. Além disso, o conceito não deve ser encarado como a solução de todos os problemas na sua empresa, mas como uma alternativa viável para flexibilizar os cargos e obter os benefícios apontados acima.
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