Dois consultores da Alper Agro embarcam numa viagem de quase sete mil quilômetros focados em entender as necessidades de quem produz e oferecer as melhores e mais customizadas soluções em seguros para o Agronegócio.
Percorrer milhares de quilômetros pelo interior do Brasil para ouvir e aprender mais sobre a realidade e as necessidades do universo dos seguros agrícolas: foi com essa missão que dois gerentes comerciais da Alper Agro embarcaram rumo a importantes polos agrícolas.
Passando principalmente por cidades de Estados fora do “eixo sul” do país – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e Goiás, além de Bauru (SP) -, o projeto intitulado Rota do Agro percorreu quase 7 mil quilômetros e reuniu conversas e muitas percepções vindas diretamente de quem está “na ponta” da cadeia agrícola: o produtor.
A Alper Agro é atualmente a unidade de negócio da Alper Seguros responsável pela gestão de seguros voltados para todo o ecossistema de Agronegócios. Nesse contexto, o projeto Rota do Agro surgiu como parte das iniciativas da área em ouvir o produtor rural para atender as necessidades mais específicas de proteção em toda a cadeia.
“Incentivamos fortemente esse tipo de iniciativa na Alper Agro”, disse o vice-presidente da Alper Agro, André Lins. “Ouvir nossos clientes é parte fundamental do nosso trabalho como consultores e parceiros do produtor para entregar as soluções mais adequadas de acordo com cada risco”, completou.
Vamos saber mais sobre ela? Confira:
A Rota do Agro, em números
Conduzida pelos consultores da Alper Agro Leonardo Ievenes e Danillo Santos, a iniciativa percorreu mais de 6 mil quilômetros em cerca de 20 dias, com visitas estratégicas junto a produtores com áreas plantadas de 1,5 mil a 40 mil hectares, em nove cidades de cinco Estados brasileiros:
São Paulo: Bauru
Mato Grosso: Vila Rica, Canarana, Campo Verde e Rondonópolis
Tocantins: Palmas e Araguaína
Bahia: Luís Eduardo Magalhães
Goiás: Goiânia
A diversidade dos encontros permitiu um olhar apurado sobre necessidades fundamentais, como uma maior proximidade junto aos clientes, melhorias de processos entre segurado e seguradora e, principalmente, a adequação de produtos a diferentes realidades e regiões geográficas.
Essa variedade de contextos é atribuída, principalmente, às dimensões continentais do Brasil, com cenários climáticos distintos entre regiões. “Se analisarmos o mercado atual de seguros agrícolas, os produtos oferecidos são desenvolvidos para um modelo de comercialização e aplicação mais voltado à região Sul e parte do Centro Oeste”, explica Leonardo Ievenes da Alper Agro.
Ele usa como exemplo o cenário climático da região Sul, de maior variedade entre as estações, com episódios que variam de secas a excesso de chuvas, além das conhecidas temporadas de geada, granizo e fortes ventos. “
Já em regiões mais ao norte do país (como a própria região Norte, Nordeste e parte da Centro-Oeste) a variação é normalmente entre seca ou excesso de chuva, sem tanta frequência e de mesma intensidade, criando um cenário de risco menor nesse aspecto”, completou ele.
O especialista tem razão. Um dos casos que melhor ilustra esse cenário está na cultura da soja e seu “coeficiente de variação do rendimento médio”. O índice, publicado no estudo “Desafios do Seguro Rural no Contexto das Mudanças Climáticas: o Caso da Soja”, produzido pelo CPI (Climate Policy Initiative), faz uma correlação de cada região produtora do país e a variação da produção registrada ano a ano. Quanto mais elevado, maior a variação na produtividade de cada região – confira abaixo:
Fonte: “Desafios do Seguro Rural no Contexto das Mudanças Climáticas: o Caso da Soja (reprodução)
Seguros para além do clima
De acordo com os consultores da Alper Agro, os desafios para uma maior ampliação do mercado de seguros agrícolas para porções mais ao norte do país vão além das diferenças climáticas.
Foi o caso de uma unidade produtora de soja de Araguaína (TO). “Em uma das propriedades que visitamos, o produtor nos relatou que plantava naquele local há mais de dez anos. Em todo período, seu histórico de produção nunca ficou abaixo de 50 sacas por hectare – em safras de clima favorável, a produção já havia chegado a 65 sacas”, contou Leonardo Ievenes.
A “dor” daquele cliente, no caso, não estava necessariamente num seguro que oferecesse proteção durante a fase de cultura do grão, porém na colheita. “Em alguns anos, ele relatou ter sofrido com o excesso de chuvas e a consequente dificuldade logística em tirar do campo sua produção, acarretando em perda de qualidade do grão”, explicou Leonardo.
“Neste aspecto, os produtos de seguro tradicionais de mercado não fariam sentido para sua operação tendo em vista que nenhum deles cobre a perda de qualidade do grão em função do evento de chuva excessiva”, lembrou Leonardo, pontuando que uma consultoria especializada, como a Alper Agro, pode estruturar soluções personalizadas.
“Além de contar com todo o conhecimento técnico sobre o “produto seguro”, um especialista em proteções para o agronegócio pode trazer o que há de mais moderno em termos de seguros para o agro, como é o caso dos Seguros Paramétricos”, disse ele.
Desafios à expansão do mercado
Embora a indústria de seguros agrícolas tenha obtido um crescimento importante nos últimos anos, o setor ainda tem desafios quanto à uma maior penetração no agro brasileiro.
De acordo com o estudo do IPC, a comercialização de apólices de seguros para soja cresceu 22% entre os anos de 2008 e 2018, passando de 1.074 para 1.313 municípios. Um crescimento robusto, porém ainda longe das mais de 2,3 mil localidades produtoras do grão.
Questionados sobre as diferenças de produtores entre regiões do país no contexto dos seguros, os especialistas da Alper Agro chamam atenção às chamadas “novas fronteiras agrícolas” brasileiras – a exemplo do Matopiba e regiões produtoras na região Norte -, que ainda carecem de produtos mais adequados às suas realidades climáticas.
“Isso traz dificuldades à comercialização em outras áreas, como na região Norte, por exemplo, haja vista que as coberturas atualmente oferecidas não corroboram com a realidade do produtor mais acima no Brasil”, explicou.
Insights, propostas e muita conversa
Desenvolvimento de novos produtos pelas seguradoras e estreitamento contínuo das relações entre corretora, parceiros e clientes. Essas foram alguns dos principais insights obtidos pelos especialistas durante a Rota do Agro.
“Como consultor, o ponto mais importante observado é a necessidade de levar às companhias seguradoras a importância de desenvolver produtos que se adequem a essas regiões”, pontuou Ievenes. “Os produtores têm intenção de mitigar os seus riscos, porém com produtos que façam sentido operacionalmente”, disse ele.
A falta de profissionais especializados em proteções para o agro também foi um ponto mencionado durante uma das visitas, como o caso relatado por representantes de uma empresa no município de Vila Rica (MT), que chamaram a atenção para a falta de profissionais capacitados para difundir os seguros agrícolas de maneira eficiente.
E depois de tantos quilômetros percorridos, os consultores da Alper Agro lembram de um ponto fundamental em qualquer relação: a importância do diálogo. Segundo Ievenes, “a agricultura é um mecanismo de proximidade. Não podemos entender o Agro somente por um prisma corporativo”.
Para eles, o agricultor anseia sim, por atendimento personalizado e feito lá, “de frente”, onde o famoso “cara a cara” é de suma importância para o bom resultado dos negócios, principalmente quando esse atendimento é feito por profissionais do seguro rural.
Sobre a Alper Agro
A Alper Agro é especialista em soluções de proteção para o Agronegócio.
Unidade de negócios da Alper Seguros, uma das maiores corretoras de seguros do Brasil, a companhia comercializa seguros Lavoura, Maquinário, Paramétrico, Patrimoniais, Risco Nomeado, dentre outras aplicações, através de representantes especializados distribuídos em todo o país:
São Paulo – Capital, Araras, Bauru, Guarulhos, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo
Espírito Santo – Vitória
Minas Gerais – Belo Horizonte
Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Bahia – Salvador e Luís Eduardo Magalhães
Sergipe – Aracaju
Paraná – Curitiba, Londrina e Maringá
Ceará – Fortaleza
Mato Grosso do Sul – Maracaju
Rio Grande do Sul – Porto Alegre
Rio Grande do Sul – Porto Alegre, Cruz Alta e Marcelino Ramos
Mato Grosso – Campo Verde e Sorriso
Amazonas – Manaus
Goiás – Cristalina
Santa Catarina – Chapecó e Coronel Freitas