O Vitiligo é uma doença cutânea (que afeta a pele), NÃO CONTAGIOSA e é caracterizada pela perda de pigmentação, fazendo com que a pele fique mais clara (branca) em algumas regiões do corpo, com manchas de distribuição e tamanhos variados.
Isso acontece devido a uma alteração nos melanócitos (células que produzem a melanina, proteína responsável pela coloração da nossa pele). Essa alteração faz com que haja uma falha na produção dessas células, deixando o tecido cutâneo com a ausência dessa proteína.
Embora o campo de estudo sobre a origem do Vitiligo seja um pouco nublado, algumas situações são associadas a essa doença, como:
- Alterações autoimunes – células de defesa que atacam o próprio organismo (no caso, os melanócitos)
- Eventos traumáticos – emocionais e físicos (ex.: estresse, queimaduras).
- Contato com substâncias químicas que podem levar à morte dos melanócitos.
(Obs.: O estresse pode fazer com que a progressão da doença seja acelerada).
De acordo com a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), há mais de um milhão de pessoas no Brasil portadoras de Vitiligo. Portanto, com tamanha incidência, é de suma importância que tenhamos conhecimento sobre as manifestações da doença.
Por mais que a doença se manifeste de maneira diversa, ela possui uma sintomatologia generalista:
- Perda da coloração da pele, que acontece de maneira irregular.
- Possível clareamento dos pelos do corpo e cabelos, incluindo cílios e barba.
- Alteração no tom (coloração) das mucosas.
Geralmente, a manifestação começa pelas mãos e antes dos 30 anos de idade – todavia, é importante ressaltar que todo o quadro de possibilidades não se aplica regradamente, uma vez que a ocorrência da doença se demonstra diversificada entre seus portadores.
Embora não haja cura, há sim tratamentos contra o Vitiligo, com a intenção de cessar o avanço das lesões (impedir o crescimento das manchas brancas na pele), o portador pode tentar:
- Fisioterapia.
- Laser.
- Transplante de melanócitos
- Medicações variadas.
Há também, em caso de desenvolvimento das manchas, a possibilidade de um tratamento de repigmentação, para que o portador tenha a coloração da pele afetada recuperada ao tom natural.
Ademais, é necessário exaltar a importância da utilização do protetor solar para o portador do Vitiligo. A melanina também dá coloração à pele, no entanto, sua principal função é a proteção do tecido cutâneo, principalmente contra raios solares. Então, quando se tem uma deficiência em sua produção, é necessário que se entenda o fato de que o portador está com a barreira protetora da pele deficitária.
Além de possíveis danos relacionados à alta exposição dessa pele sem proteção aos raios solares, o Vitiligo não tem caráter nocivo, sendo uma doença que não gera agravos aos demais sistemas da nossa saúde.
No entanto, o maior dano, geralmente, causado pelo vitiligo é psicológico, no que diz respeito à autoestima do portador da doença.
No que afeta a autoestima, a condição do vitiligo pode, muitas vezes, ser alvo de preconceitos e injúrias da população que não está habituada à diversidade. Inclusive, a falta de informação é um forte potencializador dessa discriminação, uma vez que as pessoas “evitam” contato físico com portadores da doença achando que é uma condição contagiosa.
Portanto, para que haja menos dificuldades em lidar com a doença, é de extrema importância que trabalhemos a inclusão social e o compartilhamento de informações, para evitar que os portadores do vitiligo sejam vítimas de preconceitos criminosos e, consequentemente, tenham menos prejuízos emocionais e psicológicos relacionados à suas condições.
BIBLIOGRAFIA: