Por: Ilan Kajan Golia – VP de Riscos Corporativos na Alper.
Não é novidade para nenhuma empresa que fazer seguro contra roubos ou incêndios, tem sua importância, pode-se dizer que é uma despesa “normal” disponibilizada a cada renovação de apólice. Porém, entender que existem outros riscos tão relevantes que podem ser precavidos e poder blindar a sua empresa de futuros desfalques, como por exemplo a inadimplência. Segue um dado importante.
Em 2022, o Brasil bateu recorde de empresas inadimplentes, segundo uma pesquisa feita pelo Serasa Experian, soma-se 6,3 milhões de empresas, totalizando R$ 105,2 bilhões. Esse número é o maior desde o início da série histórica em março de 2016. Todos os dias as empresas estão oferecendo créditos uma para as outras, pela contrapartida de um serviço prestado ou até de um produto com venda a prazo. Essa prática é mais relevante do que um financiamento privado, realizado por bancos ou financiamentos públicos. Desse modo, o crédito que circula, as contas a receber e o ativo circulante é mais relevante do que até as próprias fontes de financiamento que existem no país.
Contudo, a prática de seguro feita para o ativo fixo é geralmente muito mais comum do que a proteção do ativo circulante. Como visto nos dados apresentados, o risco de uma inadimplência é muito maior do que a empresa pegar fogo, por exemplo, e entender que esse risco pode ter uma cobertura é uma forma de cautela para não ter problemas no futuro, ou até uma possível falência.
Outro fator importante que o seguro de risco pode prever é em relação à ferramenta de acompanhamento e monitoramento da capacidade financeira da carteira de clientes dos segurados. Geralmente as análises feitas se baseiam no Serasa e no SPC, mas a seguradora contratada tem a responsabilidade de monitorar os clientes, compartilhando com o segurado todos os dados financeiros dos mesmos, e caso isso não seja feito e ocorrer uma piora na qualidade do crédito ela terá que indenizá-lo. Ou seja, há uma troca de interesses mútuos.
Há diversos benefícios que o seguro de crédito B2B pode blindar a empresa, além dos que já foram citados, existe também o auxílio que o segurado pode ter ao definir sua política comercial especialmente para novos clientes, produtos ou área de atuação. A apólice dá uma cobertura de um mercado novo que a empresa quer explorar e que não é reconhecida habitualmente por seus compradores. Ou até se a empresa é internacional e quer se estabelecer no Brasil, do qual ela irá vender seus produtos para uma carteira de clientes desconhecidos podendo não pagar. A partir do seguro de risco de crédito é fornecido uma análise da capacidade financeira, e ela fica muito mais confortável em conceder crédito.
Além disso, o segurado pode vender seus produtos com um prazo maior de pagamento, tendo em vista que há riscos maiores de inadimplência quando o prazo de pagamento é mais longo.
E vale ressaltar que quando há essa possibilidade de não pagamento a seguradora ficará responsável em fazer a gestão da cobrança, deixando de ocorrer um desgaste comercial entre o fornecedor (segurado) e cliente. Há uma economia e não é necessário terceirizar a cobrança.
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