Principais doenças crônicas respiratórias

Principais doenças crônicas respiratórias

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Quase todo mundo já teve um desconforto respiratório na vida. Os sintomas muitas vezes são semelhantes, mas as doenças são diferentes.

Mas afinal, o que são as doenças respiratórias e como diferenciá-las?
As doenças respiratórias podem afetar estruturas do sistema respiratório como boca, nariz, laringe, faringe, traqueia e pulmão. Dependendo da sua duração, elas podem ser classificadas como:

  • Agudas: têm início rápido, duração com menos de três meses e o tratamento curto. As doenças respiratórias agudas surgem mais frequentemente a partir de infecções do sistema respiratório.
  • Crônicas: têm início gradual, duram mais de três meses e muitas vezes é necessária utilização de medicamentos por longos períodos para o tratamento. Algumas pessoas podem nascer com uma doença respiratória crônica, que para além das causas externas, podem ser genéticas, como por exemplo asma.
  • Doenças respiratórias crônicas:

Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como das inferiores. A asma, a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as mais comuns. E representam um dos maiores problemas de saúde mundial.

Pessoas que fumam, mais expostas a poluição do ar, poeira, produtos químicos, alérgicas, e que tiveram infecções respiratórias mais frequentes durante a infância tem mais riscos de desenvolver esses tipos de doenças.

Segundo o Ministério da Saúde, as doenças respiratórias crônicas estão aumentando em prevalência particularmente entre as crianças e os idosos. Afetam a qualidade de vida e podem provocar incapacidade nos indivíduos afetados, causando grande impacto econômico e social. As limitações físicas, emocionais e intelectuais que surgem com a doença, com consequências na vida do paciente e de sua família, geram sofrimento humano.

É importante ressaltar que as doenças respiratórias crônicas não são curáveis, no entanto, existem várias formas de tratamento que podem ajudar a controlar os sintomas e aumentar a qualidade de vida das pessoas com a doença.

Como identificar os sintomas respiratórios crônicos?

  • Tosse;
  • Expectoração;
  • Hemoptise (expectoração com presença de sangue);
  • Sibilância (chiado, chieira, piado)
  • Dor torácica;
  • Taquipneia (aumento da frequência respiratória);
  • Dispneia (falta de ar ou dificuldade para respirar).

Abaixo, destacamos as principais doenças crônicas respiratórias para que você possa conhecer as características de cada uma. Confira!

  • RINITE CRÔNICA:
    Também conhecida como rinite alérgica é uma doença inflamatória da mucosa do nariz. A inflamação é desencadeada ou agravada pelo contato com alérgenos, como os ácaros da poeira doméstica, pelos de animais, fungos, pólen, perfume, alterações climáticas, estresse emocional, uso excessivo de descongestionantes nasais, entre outros.
  • Sintomas: Os sintomas incluem espirros, obstrução nasal, coriza, coceira no nariz e garganta, e muitas vezes acompanham sintomas oculares como coceira, vermelhidão e lacrimejamento.
  • Diagnóstico: O diagnóstico de rinite alérgica é clínico com base nos dados de história e exame físico, e deve ser confirmado pelo otorrinolaringologista para iniciar o tratamento adequado.
  • Tratamento: tem por objetivo promover a prevenção e o alívio dos sintomas, de forma segura e eficaz. O tratamento a ser instituído depende da classificação da rinite, constando de medidas farmacológicas com a utilização de anti-histamínicos e spray nasais e não farmacológicas.
  • ASMA:
    É uma condição multifatorial determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais. Ocorre devido a uma inflamação nas partes internas do pulmão, provocando o inchaço e reduzindo a passagem do ar nestas estruturas causando contrações e broncoespasmos. É muito comum em crianças do sexo masculino.
  • Sintomas: falta de ar, dificuldade para respirar, tosse sem catarro, chiado no peito e fadiga.
  • Diagnóstico: o diagnóstico da asma é eminentemente clínico e, sempre que possível, a prova de função pulmonar deve ser realizada, para a confirmação diagnóstica e para a classificação da gravidade.
  • Tratamento: a asma não tem cura, por isso é importante realizar o acompanhamento clínico com o pneumologista e utilizar medicamentos indicados, como broncodilatadores, corticoides e anti-inflamatórios, para promover o alívio dos sintomas, melhorar a qualidade de vida e diminuir o risco de morte. Tratamentos alternativos também ajudam, como exercícios respiratórios com auxílio de um fisioterapeuta. É indicado que a pessoa com asma se exponha o menos possível aos produtos que provocam crise asmática.
  • DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica:
    É um conjunto de doenças com repercussões sistêmicas, preveníeis e tratáveis, caracterizadas por uma obstrução da passagem de ar nos pulmões, parcialmente reversível e geralmente progressiva. As mais comuns são:
  • Enfisema pulmonar: é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares. Ou seja, acontece quando a inflamação obstrui estruturas no pulmão parecidos com sacos de ar, os alvéolos;
  • Bronquite crônica: é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos. Ou seja, ocorre quando a inflamação obstrui os tubos que levam ar para os pulmões, os brônquios.
  • Fatores de risco: Tabagismo, poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene), exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais, infecções respiratórias recorrentes na infância; suscetibilidade individual, desnutrição na infância e deficiências genéticas.
  • Sintomas: falta de ar (dispneia), tosse seca ou produtiva e persistente, encurtamento da respiração, chiado e aperto no peito são os sintomas mais comuns da DPOC.
  • Diagnóstico: o diagnóstico baseia-se nos achados do exame físico e na história do paciente. Como os sintomas podem não ser indicativos da extensão do dano respiratório, é fundamental realizar um exame chamado espirometria para avaliar a capacidade ventilatória pulmonar.

    OBS. Especialistas recomendam que pessoas fumantes há mais de 10 anos façam esse exame para que o diagnóstico seja feito ainda nas fases iniciais, quando o dano aos tecidos do sistema respiratório não se tornou irreversível.
  • Tratamento: a DPOC é uma doença progressiva e incurável, mas é possível controlar os sintomas. É recomendado o acompanhamento do médico pneumologista, pois alguns medicamentos poderão ser indicados como os broncodilatadores e os corticoides. Além disso, parar de fumar e reduzir a inalação de agentes químicos evitam o agravamento dessas doenças.
  • SINUSITE CRÔNICA:
    A sinusite é uma inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. É provocada por processos infecciosos ou alérgicos que facilitam a instalação de germes.
  • Fatore de risco: pessoas que já trataram de sinusite aguda, que tenham alterações anatômicas como pólipos nasais ou desvio de septo, e passaram por processos infecciosos ou alérgicos como gripes e resfriados, estão mais propensas a desenvolver este tipo de sinusite.
  • Sintomas: dores de cabeça e na face, secreção nasal amarelada ou esverdeada, congestão nasal, sensibilidade nos olhos, mau hálito, dores de garganta, febre acima de 38º C, tosse com piora a noite.
  • Diagnóstico: o acompanhamento deve ser realizado pelo médico otorrinolaringologista, e, normalmente, é feito apenas com a observação dos sintomas e palpação dos seios nasais para avaliar se existe sensibilidade nessa região. Porém, o médico também pode pedir outros exames mais específicos como: endoscopia nasal, tomografia, coleta de secreção nasal e teste alérgico.
  • Tratamento: consiste no uso de medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios, corticoides e antialérgicos. Além da utilização de lavagem nasal som solução fisiológica e inalação de vapor para reduzir os sintomas.

Lembrem-se que alguns cuidados são essenciais para evitar a as doenças crônicas respiratórias, principalmente nas estações outono e inverno, onde o tempo fica mais frio e seco e as doenças respiratórias tornam-se comuns nessa época do ano.

Atitudes simples no dia a dia fazem toda diferença como lavar as mãos, manter os ambientes limpos e arejados, evitar locais fechados e com grande circulação de pessoas. Além da adoção de hábitos de vida mais saudáveis, como não fumar, alimentar-se bem, ingerir bastante liquido e praticar atividade física regular.

REFERÊNCIAS:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf
https://cdd.org.br/doencas-respiratorias/
https://bvsms.saude.gov.br/sinusite/#:~:text=Sinusite%20%C3%A9%20a%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20das,o%20que%20facilita%20sua%20sustenta%C3%A7%C3%A3o.
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc/
https://drauziovarella.uol.com.br/infograficos/principais-doencas-respiratorias-infografico/
https://www.tuasaude.com/principais-doencas-respiratorias/
https://www.tuasaude.com/sinusite/
https://www.hcor.com.br/imprensa/noticias/evite-doencas-respiratorias-e-cardiovasculares-no-outono/
https://portal.campinas.sp.gov.br/noticia/18424

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